UAN AUMENTA O NÚMERO DE CIDADÃOS FORA DO ENSINO.




 A falta de professores na Universidade Agostinho Neto (UAN)obrigou  que fossem deixados de fora, este ano, mais de  2 mil novos estudantes nos diferentes cursos das Unidades orgânicas, soube o promo junto de uma fonte da Reitoria.


A UAN tinha previsto 6 mil vagas para o ano académico 2021/2022, e por falta de docentes, deste total apenas 3.690 vagas foram disponibilizadas.


Por falta de professores, neste ano académico, a UAN não abriu vagas para os cursos de Biologia, Ciências da Computação, Metrologia e Química.


Não adianta anunciar um número elevado de vagas quando, na verdade, não temos professores para lecionar. Só este ano tínhamos previsto cerca de 6 mil novas vagas. Mas por  não termos professores suficientes, conseguimos selecionar apenas 3.690 vagas'', contou uma fonte da reitoria da UAN, optando por não ser identificada.


Segundo a fonte, o ensino público, sobretudo da Universidade Agostinho Neto, é muito prejudicado por falta de professores.


A fonte denunciou que existem na UAN estudantes que estão dependentes, há anos, de professores para a conclusão do curso.


''Há estudantes parados.Não sabem se aprovaram ou reprovaram por que faltam professores para dar seguimento ao curso em questão'', acrescentou.


A reitoria da UAN, prossegue a fonte, já escreveu várias vezes para o Ministério do Ensino Superior,Ciência, Tecnologia( MESTI) a solicitar abertura de concurso público e não é atendido.


Segundo a fonte, a UAN tem capacidade para albergar muito mais estudantes nº 1º- ano, contudo, não tem professores para cobrir as vagas.


Arlindo Isabel, director do Gabinete de informação Científica e documentação da Universidade Agostinho Neto, disse ao jornal Promo que de facto há défice de professores na UAN.


O também Porta-Voz, afirmou que o número de vagas anunciadas pela UAN, no presente ano académico, foi em função do rácio entre professores e alunos, tendo em conta o número de Salas disponíveis e negou, quando questionado se tinham de facto 6 mil vagas para o presente ano lectivo.


Questão dos professores é de facto uma situação  real. Por essa razão não abriram vagas para o 1º- ano dos Cursos de Biologia, Ciências da Computação, Metrologia e Quimica'', explicou.


Entretanto, na faculdade de Engenharia, no campus Universitário, por exemplo, a falta de professores em várias disciplinas-chave tem represálias, vários estudantes do 1º e 2º ano.


Com o medo de represálias, vários estudantes contaram ao F8 que a situação tem vindo a complicar-se e que não receberam aulas das cadeiras-chaves do curso temendo por isso reprovações.


Em Novembro de 2018, o Presidente da República, João Lourenço, visitou o campus Universitário da UAN e na altura lembrou que autorizou o Ministério do Ensino Superior, Tecnologia (MESTC) a realizar um concurso de ingresso de novos professores, medida essa que nunca chegou a ser concretizada.


A fonte da Reitoria, assim como  o  Porta-Voz da UAN Arlindo Isabel, comentaram que o MESTC não realizou até aqui qualquer concurso público para admissão de novos docentes



Sobre a falta de professores na UAN, O JP tentou ouvir, sem sucesso, explicações do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.


Recentemente, soube o Jornal Promo, o Reitor da UAN,Pedro Magalhães, voltou apresentar estas preocupações durante um encontro, em Luanda, em que estiveram presentes vários membros do Executivo, entre os quais a Ministra de Estado para a Áreal Social Carolina Cerqueira e a titular do MESTC, Maria do Rosário Bragança

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